A biopsia líquida consiste na detecção de um marcador sanguíneo capaz de identificar uma lesão em desenvolvimento num qualquer local do organismo.
A autora refere um estudo sobre 10000 mulheres supostamente saudáveis nas quais a pesquisa de DNA e de outras proteínas associados a tumores malignos encontrou 26 doentes cujos neoplasias não eram suspeitadas nem tinham sido encontrados por métodos convencionais. Cita também uma investigação que conseguiu detectar com esta metodologia mais de 95% dos tumores hepáticos ou ováricos; cerca de 70% dos tumores gástricos, pancreáticos ou esofágicos, mas apenas 33% dos tumores da mama.
Em curso, existe um estudo em 25 000 adultos que tinham consumido tabaco no seu passado; também investigações em doentes de elevado risco para tumores pancreáticos; ainda, trabalhos sobre a detecção de recidivas de tumores que tenham sido tratados previamente.
A biopsia liquida suscita contudo um problema ainda não resolvido: alguns testes conseguem afirmar a presença de um tumor, mas não a sua natureza ou localização na medida em que certas mutações são comuns a vários tipos de neoplasias.
A expectativa de que esta metodologia possa ter um importante impacto no processamento diagnóstico dos doentes tem bases cava vez mais firmes.
Wallis, C.
Cancer blood tests get real
Scientific American. Julho 2021. Pag 26