Accurate cut-offs for predicting endoscopic activity and mucosal healing in Crohn’s disease with fecal calprotectin

A avaliação sintomática não é útil na previsão actividade inflamatória na doença de Crohn sabendo-se que a persistência desta actividade se associa a um mau prognóstico. O objectivo da terapêutica consiste em conseguir resolver a inflamação.

Embora a ileo-colonoscopia seja o gold standard para se avaliar a inflamação intestinal não é razoável submeter estes doentes a colonoscopias iterativas. A calprotectina nas fezes é capaz de prever essa actividade inflamatória. Esta proteína representa 60% das proteínas citossólicas dos granulócitos. A sua concentração nas fezes é directamente proporcional à quantidade de neutrófilos que migram para o lúmen digestivo. Até agora não havia cut offs que se pudessem associar à referida actividade inflamatória.

Estudando uma população de 71 doentes com doença de Crohn, estes autores verificaram que os níveis de calprotectina eram de 71 ug.g de fezes para endoscopia com remissão; 196 para actividade ligeira; 383 para actividade moderada; 575 para actividade severa.

O melhor cut off para prever actividade endoscópica é 170 (acuidade global 83%). A probabilidade de existir actividade endoscópica para uma valor superior a 170 ug.g de fezes é de 97%; para um valor inferior a probabilidade de actividade endoscópica é de 34%. Para doentes com FC ≥ 170 e actividade clínica a probabilidade de actividade endoscópica é de 100%; se os doentes estão em remissão clinica a probabilidade é de 89%.

O melhor cut off para cicatrização da mucosa é 71 ug.g para uma acuidade global de 80%. A probabilidade de cicatrização mucosa para uma valor inferior a 71 ug.g de fezes é de 84%; para um valor superior a probabilidade de cicatrização é de 19%. Para doentes com FC ≤ 71 e remissão clinica a probabilidade cicatrização da mucosa é de 87%; se os doentes têm actividade clinica a probabilidade de cicatrização é de 75%.

Os autores sugerem um fluxograma na avaliação dos doentes com Crohn que se reproduz.

Vázquez-Morón, J.M.; Pallarés-Manrique, H. et al
Rev Esp Enferm Dig.2017.109.130-6

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