Editorial do New Eng. J. Med. a 23 de Janeiro de 2020
The Guardian. London, de 29 de Janeiro
1. Nas últimas três décadas, uma vez em cada década, um coronavírus consegui transpor a barreira entre o mundo animal e o a espécie humana. O vírus que actualmente preocupa a comunidade recebeu a designação provisória de 2019-nCoV.
2. O vírus causa uma doença respiratória que pode ser severa. A sua infecção associa-se a uma mortalidade de cerca de 3%. O espectro da doença não está ainda bem definido o que virá a ser possível a breve prazo na medida em que o correspondente genoma acaba de ser sequenciado.
3. A importância do contágio entre humanos na propagação do vírus não é clara. Embora se assista ao uso generalizado e compulsivo de máscaras nas zonas mais afectadas não se acredita que as referidas máscaras sejam úteis face a micro organismos transportados pelo ar. As mascaras serão demasiado porosas além de que não protegem as mucosas oculares. O vírus seja incorporado a
4. Os coronavírus são especialmente propensos a mutações, circunstância que aconteceu com o SARS-CoV. No caso deste vírus as mutações tornaram-no bastante mais virulento na medida em que melhoraram a sua capacidade de multiplicação nas células humanas mas finalmente evoluiu para uma forma menos agressiva o que contribui para o controle da epidemia.
5. O editorial do NEJM salienta que as epidemias de vírus letais costumam condicionar importantes consequências económicas e sociais que se antecipam também neste caso. Na realidade o movimento de pessoas está a ser restringido em certas áreas do globo. A expulsão de indivíduos que não se fazem acompanhar de nenhum meio de protecção de transportes públicos foi documentada.