Endoscopic Management of Barrett’s Esophagus

Weusten, B.; Bishops, R et al
Endoscopic management of Barrett’s esophagus: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Position Statement
Endoscopy.2017.49.2.191-8

1. Para que exista um esófago de Barret (EB) é necessário que o esófago distal esteja revestido por epitélio colunar com pelo menos um cm de extensão, contados a partir da extremidade superior das pregas gástrica. Este epitélio circyular pode assumir uma forma circular ou apresentar-se em linguetas.

2. Na descrição do EB deve constar a sua extensão usando os critérios de Praga (extensão circunferencial, C; extensão longitudinal máxima, M). Ilhas proximais ao limite máximo devem ser descritos. Estas ilhas existem como formações isoladas em cerca de 10% dos casos.

A localização (distância dos incisivos e local num mostrador de relógio) de qualquer anomalia no BE deve ser assinalada. A existência de uma esofagite erosiva deve ser feita de acordo com a classificação de Los Angeles.

3. O rastreio endoscópico para esófago de Barrett em doentes com refluxo não se recomenda embora possa ser considerado em quem tenha sintomas de refluxo com mais de 5 anos e nos indivíduos com vários factores de risco (idade superior a 50 anos; do sexo masculino, obesos ou com familiares em primeiro grau com Barrett ou carcinoma do esófago)

4. O esófago de Barrett é uma condição pre maligna que predispõe ao desenvolvimento de um carcinoma do esófago. O risco de progressão, nos doentes sem displasia, é muito baixo envolvendo 3 em cada 1000 doentes por ano.

5. Recomenda-se a vigilância endoscopia do Barrett. Estas endoscopias devem ser feitas em doentes sedados. Se o EB não albergar displasia a vigilância deve ser efectuada aos 5 anos se a sua extensão máxima se situar entre 1 e 3 cm. Entre 3 e 10 cm o intervalo de vigilância deve ser de 3 anos. A vigilância deve ser suspensa em doentes com mais de 75 anos se não tiver sido encontrada nenhuma displasia.

Devem ser efectuadas biópsias de todas as anomalias visíveis. Para além disso biopsias cada 2 cm nos quatro quadrantes. As biopsias de cada nível devem ser colocadas no mesmo container.

7. O diagnóstico de displasia num Barrett requer sempre confirmação por um patologista especializado na área.

8. Os doentes com displasia de baixo grau devem ser vigiados aos 6 meses. Se nesta ocasião não se encontrar nenhum displasia faz-se uma nova revisão 12 meses depois. Não existindo, nesta altura, displasia o doente passa a ser vigiado de acordo com as regras do Barrett não displásico. Se persistir em qualquer das observações uma displasia de baixo grau deve efectuar-se uma ablação por radio frequências.

Se se encontrar uma displasia de alto grau o doente deve ser referido a um centro especializado. Aqui todas as anomalias visíveis devem ser removidas por técnicas endoscópicas. Se não se encontrarem lesões (lembrar que a displasia de alto grau plana é rara) devem repetir-se as biopsias nos diversos quadrantes; sendo estas biopsias negativas para displasia a observação deve repetir-se aos 3 meses; existindo displasia de alto grau a zona deve ser ablacionada por radiofrequências.

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