O Futuro da ADSE

Numa interessante análise publicada a 06 de Março, próximo passado, Daniel Oliveira discute o funcionamento da ADSE designadamente o desejo manifestado por João Proença, Presidente do seu Conselho Geral, de que o Estado pague os descontos dos beneficiários que estão isentos por receberem pensões abaixo do salário mínimo. Seria uma verba de 14.5 milhões de Euros por ano.

Daniel Oliveira sustenta que não é razoável que o Estado tenha que financiar a ADSE, serviço de adesão voluntária na medida em que já garante a todos saúde gratuita através do SNS. O articulista sustenta que a ADSE se deve transformar num Serviço mutualista da exclusiva responsabilidade dos trabalhadores que a ela queiram aderir. E Acrescenta que “a responsabilização do Estado pelo futuro da ADSE é injusta”.

Lembra que as alternativas para tornar a ADSE sustentável são alargar o número de beneficiários ou aumentar os descontos e reduzir os Serviços. A primeira alternativa sustentada por A. Cristas levará à progressiva privatização da saúde; a segunda envolverá a uma reacção importante dos beneficiários.

Acrescentaria eu que a ADSE tem sido gerida ao acaso usando um sistema aberto de tabelas que permite que o mesmo acto possa ser pago a preços muito diferentes quando praticado em diversas instituições. Nenhuma Companhia de Seguros sobreviria a tamanho desmando.

Artigo Expresso.

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